Difícil passar e não ficar curioso. Limnologia, tema da palestra organizada pelo Instituto de Biociências da USP causou dúvida em todo mundo que participou da “USP na Semana de Ciência e Tecnologia 2008”, muito pelo nome que foi dado a ele, que não é tão conhecido, como também pelos objetos diferentes que encontrávamos por lá.
Antes de mais nada, o Jornal Jovem foi descobrir o que exatamente é limnologia. Refere-se ao estudo da estrutura em funcionamento de ambientes aquáticos de água doce, ou seja, lagos, reservatórios, represas, riachos, brejos e todos os tipos de águas interiores. Mas não pense que o estudo observa apenas as águas! Todo o conjunto de seres vivos envolvidos como a vegetação, animais que habitam a região e o solo ao seu redor são detalhadamente observados.
“Não basta apenas cuidar da água, mas prestar atenção ao ambiente que se sustenta ao redor delas é muito importante”, declara Evelyn Loures, do Departamento de Ecologia-IB/USP. Para isso, o grupo ainda trouxe um conjunto de macrófitas, ou seja, vegetais visíveis (macro) adaptados ao ambiente aquático, para que os jovens estudantes pudessem conhecer de perto um pouco da biodiversidade de vegetais que habitam os ambientes limnológicos. As crianças faziam fila para olhar na lupa.
Tudo isso para que jovens entrassem em contato com a limnologia, ciência ainda pouco conhecida no Brasil. E ela está mais presente na nossa vida do que você poderia imaginar. “Estudar uma represa e seu ecossistema pode parecer bem distante do nosso dia-a-dia, mas o destino da água desta represa é a nossa casa”, afirma Paula R. Padial, também do Departamento de Ecologia-IB/USP. Viu? Não precisa ir muito longe para ver a aplicação da limnologia.
Evelyn ainda alerta para a necessidade de novos profissionais na área e a importância de subsídios para as pesquisas no Brasil. “Com toda essa problemática da água no planeta, precisamos subsidiar mais pesquisas que gerem desenvolvimento neste campo”, diz.
Em dias de aquecimento global, poluição e fenômenos naturais cada vez mais catastróficos relacionados às águas, como enchentes, derretimento de geleiras e secas, talvez seja interessante ouvir o conselho e saber mais sobre os diversos reservatórios de água doce.
Susan Togashi
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