De 25 de setembro a 12 de dezembro de 2010.
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque do Ibirapuera, São Paulo “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”
A 29ª Bienal de São Paulo expõe cerca de 850 obras, 600 legendas, de 159 artistas até o dia 12 de dezembro, no Pavilhão do Ibirapuera. A exposição pretende ser simultaneamente uma celebração do fazer artístico e uma afirmação de sua responsabilidade perante a vida e a sociedade.
O Jardim, faço nele a volta ao Infinito – parte 02, a Noite (A Sereia)
Artista: Albano Afonso. Período: 2010. Foto:Divulgação
Para afirmar a estreita e ambígua ligação entre arte e política, a 29ª Bienal de São Paulo toma emprestado, como título, um verso da obra Invenção de Orfeu (1952), do poeta Jorge de Lima: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”. Verso que sugere que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela.
O Jardim, faço nele a volta ao Infinito – parte 02, a Noite (O Homem Árvore)
Artista: Albano Afonso. Período: 2010. Foto:Divulgação
Sem quaisquer hierarquias, a mostra aproxima obras recentes de outras feitas há muitos anos. Obras ‘históricas’ são incluídas na 29ª Bienal de São Paulo por sua importância para entender-se o mundo contemporâneo, reunindo artistas de dezenas de países, especialmente da América Latina.
La cama matrimonial, de la serie: El devenir de sus dias
Artista: Alessandra Sanguinetti. Período: 2007. Foto:Divulgação
Terreiros
A mostra não será, ademais, meramente contemplativa. Ela oferecerá ao público formas diversas de experimentar a potência transformadora da arte. Com essa ambição e esse propósito, serão construídos seis espaços de convívio que, além de servirem para pausa antes de seguir-se adiante no percurso da mostra, serão usados para atividades diversas, tais como falas, projeções, performances e leituras. Chamados de terreiros, esses espaços remetem aos largos, praças, terraços, templos e quintais, lugares abertos ou fechados, onde em quase todo canto do Brasil se dança, briga, canta, brinca, toca, chora, conversa, joga ou se ritualiza a religiosidade híbrida do país.
A partir da arquitetura de cada um desses terreiros, idealizados por artistas e arquitetos convidados, e da programação que eles abrigam, questões específicas serão afirmadas e discutidas, deixando patente a presença profunda e diversa da arte na vida. Com título emprestado de obra do escritor argentino Jorge Luís Borges, o terreiro de performances “O outro, o mesmo” será desenvolvido pelo arquiteto Carlos Teixeira. Espaço reservado às projeções audiovisuais, o terreiro “A pele do invisível” terá assinatura do artista esloveno Tobias Putrih. No terreiro “Dito, não dito, interdito”, nome que evoca a obra do escritor Guimarães Rosa, o arquiteto Roberto Loeb e o grafiteiro Kboco criam espaço para debates e conversas. Também os arquitetos do UN Studio, de Amsterdã, vão criar espaço para atividades discursivas; nomeado de “Eu sou a rua”, esse terreiro celebra o jornalista e cronista carioca João do Rio. É um texto do escritor e dramaturgo paulistano Antonio Bivar, por sua vez, que dá nome ao terreiro projetado pelos artistas Marilá Dardot e Fábio Morais, “Longe daqui aqui mesmo”, misto de biblioteca e labirinto. Por fim, o terreiro “Lembrança e esquecimento”,
elaborado por Ernesto Neto, servirá como espaço de respiro, reflexão e descanso.
29º Bienal de São Paulo
Local: Parque do Ibirapuera, Portão 3, sem número
Telefone: 55 11 5576-7600
www.29bienal.org.br
Entrada gratuita
Encerramento da 29ª Bienal de São Paulo:12 de dezembro
Horários de funcionamento:
de 2ª a 4ª feira: das 9 às 19h (entrada até as 18h)
5ª e 6ª feira: das 9 às 22h (entrada até as 21h)
Sábado e domingo: das 9 às 19h (entrada até as 18h)
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